sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Amor hipotético



por Eder Ferreira

nenhuma solidão 
é sinônimo de amar
e nenhum amor é solitário
ou, não deveria ser
sem hipóteses eloquentes
sem sentimentos exaltados
já que tudo o que é forte machuca
amassa a alma, que se contorce
transforma a calma em lama
onde o amor monta as bases
onde a lógica se faz mentirosa
e a solidão se torna amor
não sinônimo, não hipótese
mas, sim, certeza
em pleno equilíbrio
como quando o amado
pesa as consequências, e diz:
“te amarei para sempre”

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Prêmios Literários do Escritor Eder Ferreira



Menção Honrosa no "XIV Concurso Nacional de Poesias - Edição Rui Barbosa", com o poema "A última noite de um poeta", publicado no livro "O Exterminador de Sonetos - 2ª Edição"


Finalista no "Prêmio FEUC de Literatura 2011", com o poema "Aos profanos anjos do perene amor", e Vencedor no "Concurso Poesia todo dia", com o poema "Incertezas", ambos publicados no livro "Um lugar para dizer adeus"


Finalista no "Prêmio Cidade de Porto Seguro de Contos 2009", com o conto "O dia da caça", publicado no livro "Uma Verdadeira Prosa - Contos & Minicontos"


Clique nos títulos dos livros para obter mais informações

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Lançamento do livro "Poesia Todo Dia", que inclui poema do escritor Eder Ferreira

por Eder Ferreira

     Confira abaixo o convite para o lançamento da Antologia "Poesia Todo Dia", que inclui meu poema "Incertezas". Pena que não poderei comparecer, mas, estou feliz por ter sido selecionado para mais esse concurso literário!



O poema "Incertezas" foi publicado originalnente no livro "Um lugar para dizer adeus", pelo site Clube de Autores. Para conhecer o livro clique aqui

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Cards colecionáveis "Escritores do Norte Pioneiro do Paraná"

por Eder Ferreira

     Para ajudar na divulgação da literatura nortepioneirense, aí vão alguns cards da série "Escritores do Norte Pioneiro do Paraná" (em breve serão postados mais cards):





O tempo histórico

por Eder Ferreira

     Quando pensamos no tempo, logo nos vem à cabeça questões como “que horas são” ou “a quanto tempo”. A noção de hora ou de passado nos é importante, porque é dela que o ser humano tira as bases para a sua organização social. Quando perguntamos a alguém que horas são, estamos exatamente querendo nos organizar, tentando criar um panorama temporal, do qual podemos pensar em nossas atividades, sejam elas passadas, presentes ou futuras. Assim, pensamos no tempo como algo utilizável e necessário, já que nos dispomos dele para determinarmos o que faremos ou que já fizemos.
     Do mesmo modo, quando refletimos sobre um certo período de tempo já passado, estamos unindo uma série de fatores que convergem para a questão temporal. Estamos mesclando a passagem de tempo com a memorização de fatos já ocorridos, para nos certificarmos do tempo exato ou aproximado em que tal evento aconteceu. Dessa forma, nos organizamos, pois podemos utilizar tal informação em nosso dia a dia, e saber em que tempo as coisas aconteceram faz parte desse processo de organização.
     O tempo, portanto, é uma ferramenta utilizada pelo homem para que ele possa se organizar sobre um mundo cheio de incertezas e caos. Através do tempo, podemos nos sentir melhores ou piores com relação a eventos passados ou futuros, assim como podemos nos colocar como protagonistas desse tempo, que vai passando e se modificando cada vez mais.
     Essa noção de que o tempo é um palco de acontecimentos, e de que o homem utiliza esse palco tanto para se organizar quanto para se inserir no próprio tempo, é uma das bases do pensamento cronológico desenvolvido pela humanidade, para facilitar a compreensão dos fatos históricos e dos eventos possíveis de acontecerem.
     Ao tratarmos do tempo histórico, nessa concepção, vale a pena separarmos o passado, o presente e o futuro, para um melhor entendimento:

     Passado: definimos o passado como sendo o tempo dos fatos e eventos que já ocorreram, sejam tais eventos conhecidos ou não. Ai entra a questão do tempo histórico.  Muitos dos fatos ocorridos não são detalhadamente compreendidos pelo pensamento histórico. Isso nos mostra que vários eventos passados fogem ao nosso entendimento, pois não é possível estudar cada evento, da maneira que ele realmente ocorreu. Dessa forma, o passado se faz com uma sombra, que deve ser iluminada, para a melhor compreensão possível de eventos já ocorridos. O passado, portanto, é um tempo histórico que não depende, em sua essência, do saber histórico, pois não é possível saber tudo e/ou exatamente o que aconteceu. O saber histórico, esse sim, depende do passado histórico, pois é dele que se tira os conhecimentos prévios que serão usados para se criar os panoramas históricos que tanto utilizamos.

     Presente: a definição de presente está muito ligada a questão das ações. Portanto, quando eu digo “eu ando”, o tempo verbal utilizado nessa frase nos mostra que o sujeito, no caso “eu”, está andando naquele momento. Qualquer movimentação de idéia, seja para o futuro ou o passado, já descaracteriza a ação presente. Consideramos, portanto, que a definição exata de tempo presente é complexa. Porém, é corriqueiro que, como tempo histórico, pensemos no presente como sendo as interações factuais desse momento histórico aproximado, ou seja, um pouco para o futuro ou para o passado, mas que se restrinjam a fatos ainda em curso, que tenham acabado de ocorrer ou que estejam em iminência de ocorrerem.

     Futuro: quaisquer eventos que possam ser previstos pertencem ao tempo histórico futuro. Neste tempo, as indefinições são grandes, já que não é possível ver além das probabilidades. Portanto, a este tempo, nos dedicamos apenas a criar hipóteses e a esperar pelos fatos.

     Ao pensarmos no tempo, mesmo que nos coloquemos apenas como espectadores, e não como protagonistas, somos levados a crer que sua influencia na humanidade é mais que a mera passagem das horas, dos dias ou dos anos. O tempo nos molda, a medida que o moldamos, e a cada novo fato ou evento, que tenha ocorrido, ou que venha a ocorrer, temos a certeza de que somos seres temporais, movidos pela história que nós mesmo criamos e estudamos.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Eventos em Tomazina homenageiam escritor Newton Sampaio e reúnem autores e artistas do Norte Pioneiro

por Eder Ferreira


     A literatura nunca foi tão valorizada no Norte Pioneiro do Paraná como nos dias 10 e 11 de setembro de 2013. A cidade de Tomazina foi o palco de uma serie de eventos em homenagem ao escritor tomasinense Newton Sampaio, falecido já a 75 anos, mas que marcou seu nome na história literária paranaense. Pude participar dos eventos do dia 11, que contou com um chá literário, realizado no Hotel Fazenda, onde escritores do Norte Pioneiro puderam se reunir, se conhecer, trocar experiências e divulgarem seus trabalhos. O chá ainda contou um uma bela apresentação de um grupo teatral de Jaboti. Em seguida, no Centro Cultural que leva o nome do escritor homenageado, foi feito o lançamento das obras que comemoram o nascimento de Newton Sampaio. Estavam, além de escritores convidados, o irmão do escritor, Senhor Pedro Sampaio, e o Dr. Soares, um dos grandes responsáveis por esse maravilhoso acontecimento. E não poderia finalizar sem mencionar e agradecer meu amigo Leandro Muniz, que tanto fez para que pudéssemos estar em Tomazina nessa data. Confira algumas fotos dos eventos:










quarta-feira, 11 de setembro de 2013

"A poesia ajuda a sustentabilidade", diz o poeta Ferreira Gullar

por Eder Ferreira (Adaptação)

     O projeto 20 Ideias para Girar o Mundo, da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), reúne 20 vídeos com o intuito de contribuir para o debate sobre a sustentabilidade e o futuro do planeta. São reflexões de pensadores, cientistas e ativistas sobre as relações entre o homem e o planeta Terra. E um desses vídeos é do renomado poeta Ferreira Gullar. Para o escritor, o mundo caminha em uma direção perigosa, com o risco de se chegar em um ponto sem volta. “Eu tenho a tese de que a vida é inventada. O homem inventa a vida, então ele pode mudar, pode fazer diferente”. Gullar ganhou o Prêmio Jabuti 2011 com o livro de poesias “Em alguma parte alguma”. Confira o vídeo:



Para assistir os demais vídeos clique aqui

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Contrapartes



por Eder Ferreira

Ela me olhou
na penumbra
sob olhares obscuros
entre lapsos futuros
Ela me disse
com a voz da razão
o que sente o coração
quando não mais sonha
Me falou ao relento
na noite que se resfria
na luz, a calmaria
o momento onde nada
se torna absoluto
Ela me fitou
na brevidade do tempo
Me avisou, me despertou
para a realidade
a irreversibilidade
a obscuridade
Ela, me olhou, me disse
Eu não escutei
não quis ser visto
Fugi, menti, quase desisti
mas, ela não permite
que ninguém se vá
antes da hora
antes que sua contraparte
venha em silêncio
ou ao ser exigida
já que a morte nada faz
sem a permissão da vida

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

... e no fim do caminho


por Eder Ferreira

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra... tinha... chegou ao fim
não tem mais... na Cracolandia é sempre assim!


Ler poesia é mais útil para o cérebro que livros de autoajuda, dizem cientistas




Ler autores clássicos, como Shakespeare, William Wordsworth e T.S. Eliot, estimula a mente e a poesia pode ser mais eficaz em tratamentos do que os livros de autoajuda, segundo um estudo da Universidade de Liverpool. Especialistas em ciência, psicologia e literatura inglesa da universidade monitoraram a atividade cerebral de 30 voluntários que leram primeiro trechos de textos clássicos e depois essas mesmas passagens traduzidas para a "linguagem coloquial"
    Os resultados da pesquisa, antecipados pelo jornal britânico "Daily Telegraph", mostram que a atividade do cérebro "dispara" quando o leitor encontra palavras incomuns ou frases com uma estrutura semântica complexa, mas não reage quando esse mesmo conteúdo se expressa com fórmulas de uso cotidiano. Esses estímulos se mantêm durante um tempo, potencializando a atenção do indivíduo, segundo o estudo, que utilizou textos de autores ingleses como Henry Vaughan, John Donne, Elizabeth Barrett Browning e Philip Larkin.
     Os especialistas descobriram que a poesia "é mais útil que os livros de autoajuda", já que afeta o lado direito do cérebro, onde são armazenadas as lembranças autobiográficas, e ajuda a refletir sobre eles e entendê-los desde outra perspectiva. "A poesia não é só uma questão de estilo. A descrição profunda de experiências acrescenta elementos emocionais e biográficos ao conhecimento cognitivo que já possuímos de nossas lembranças", explica o professor David, encarregado de apresentar o estudo.
  Após o descobrimento, os especialistas buscam agora compreender como afetaram a atividade cerebral as contínuas revisões de alguns clássicos da literatura para adaptá-los à linguagem atual, caso das obras de Charles Dickens. 

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1215067-ler-poesia-e-mais-util-para-o-cerebro-que-livros-de-autoajuda-dizem-cientistas.shtml

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Independência ou “sorte"!

por Eder Ferreira


Há exatos 191 anos, um príncipe metido e mulherengo andava às turras com seu pai, o então rei de Portugal. Depois de muito pensar em como afrontar seu velho, ele resolveu fazer o que nenhum rei no mundo desejaria a seu pior inimigo: declarou a independência de sua maior e mais produtiva colônia.
É claro que essa alegoria não reflete o que de fato aconteceu no ano 1822, quando o Brasil passou a ser um país independente do julgo português, mas serve para lembrar que, apesar da importância história dos fatos, nossa nação tupiniquim só conseguiu se libertar de Portugal por causa dos caprichos de um príncipe.
Bem diferente, alias, de outra história, ocorrida no ano de 1776, ao norte do continente americano, onde, no dia 4 de julho desse ano, nascia os Estados Unidos da América. Maior potência política e militar do mundo moderno, os EUA conquistaram sua independência da Coroa Britânica por meio de uma série de conflitos entre a população local e os ingleses.
Vale ressaltar que no caso brasileiro também houve batalhas, e que no estadunidense (porque americanos são todos que nasceram no continente da América), algumas personalidades foram decisivas, como Thomas Jefferson, por exemplo. Mas, é fato que o povo brasileiro não penou tanto para conquistar sua independência, e isso refletiu, e ainda reflete, no patriotismo brazuca (se é que ele existe!). Já nos estadunidenses, é notório o amor demonstrado por sua nação, principalmente no feriado de 4 de julho.
É possível sentir que, no Brasil, as coisas diferem bastante. Não há aqui o mesmo fervor que na terra do Tio Sam. É mais fácil ver brasileiros sentirem orgulho por suas cidades e estados natais do que por seu país. Até times de futebol inspiram mais paixões do que o patriotismo.
E, falando nisso, ai vai uma sugestão para os cartolas do futebol: que tão mudar a rodada final do campeonato brasileiro para o dia 7 de setembro? Pode ser que algum estrangeiro veja a festa e pense que é por causa do dia da independência. É como diz aquele velho ditado: “para inglês ver”. Ou seria “para estadunidense ver”?