quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Tua boca



por Eder Ferreira


doce
presente
ardente
que mente
quando diz
que não me ama

louca
boca
que morde
que suga
e acende
o fogo
de nossa cama

rouca
voz
que fala
ao ouvido
bem baixinho
sem gritos
tão contidos
tão calados

lábios
vermelhos
que selam
o encontro
de nossos corpos
já grudados

sussurros
surgidos
em grunhidos
de paixão
incontida
num desejo

só escuto
na espera
de tua boca
tão louca
querendo
teu doce beijo

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