quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Capitalismo literário
terça-feira, 15 de outubro de 2013
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Antologia "Poesia Todo Dia"
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Decálogo ao Jovem Escritor - Parte 1
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Prêmios Literários do Escritor Eder Ferreira
Menção Honrosa no "XIV Concurso Nacional de Poesias - Edição Rui Barbosa", com o poema "A última noite de um poeta", publicado no livro "O Exterminador de Sonetos - 2ª Edição"
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Cards colecionáveis "Escritores do Norte Pioneiro do Paraná"
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Eventos em Tomazina homenageiam escritor Newton Sampaio e reúnem autores e artistas do Norte Pioneiro
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Lançamento do livro "Varal sem lei", de Leandro Muniz
segunda-feira, 22 de julho de 2013
sexta-feira, 19 de julho de 2013
terça-feira, 16 de julho de 2013
Sobre o fim da literatura e o descaso dos "grandes escritores"
por Eder Ferreira
quarta-feira, 10 de julho de 2013
Concurso "Poesia todo dia"
Eder Ferreira
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Mini-Curso "Como se tornar um Escritor"
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
O príncipe violinista
terça-feira, 29 de novembro de 2011
REVISTA METÁFORA Nº 2

por Eder Ferreira
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Falsos textos de escritores famosos multiplicam-se na internet

Sites voltados só para citações inundam a rede com os mais diversos pensamentos de autores conhecidos ou desconhecidos. E então, compreender toda uma obra se resume a uma frase de impacto.
“A falsa atribuição parece ser mais fácil do que procurar as verdadeiras fontes. É a literatura se contorcendo para sobreviver no espaço cibernético”, diz o mestrando em estudos literários da UEM (Universidade Estadual de Maringá) Luis Cláudio Ferreira Silva, 29.
“Há uma moda, e isso me incomoda muito, de pegar qualquer frase motivacional e atribuí-la, nas redes sociais, a um escritor célebre.” Machado de Assis, Clarice Lispector e José Saramago estão entre as vítimas das más atribuições de créditos.
“Daria uma boa história para um Brás Cubas mais moderno, afinal Machado de Assis é um desses que sofrem com alterações póstumas”, diz Ferreira Silva.
A estudante Priscilla Dias, 18, é adepta do uso de frases antes mesmo da ascensão das redes sociais. “Antes, eu tinha um caderninho onde anotava todas as frases de que gostava. Agora, com a internet, a gente acaba esquecendo um pouco o caderno”, diz.
Ela segue um dos perfis do falecido escritor gaúcho Caio Fernando Abreu no Twitter, e constantemente compartilha as frases com seus contatos. “Eu acho bonito”, justifica. A estudante não sabe precisar o primeiro contato com os fragmentos da obra de Fernando Abreu, mas desde então as frases de efeito acompanham o seu cotidiano.
Questionada se conhece alguma obra do autor, a resposta é rápida e seguida de justificativa. “Nunca li, mas tenho vontade. O que falta é tempo”. O objetivo de compartilhar é simples: “Às vezes, servem de indireta para alguém, ou mesmo uma direta. Às vezes é porque eu achei fofo”, diz Priscila.
Em contrapartida, o que às vezes se restringe ao superficial para uns, é motivo de pesquisa para outros. O estudante Emerson Oliveira, 21, também publica frases de efeito nos perfis das redes sociais e nem por isso se contenta com duas linhas filosóficas.
“Só coloco [as frases] depois de conhecer a vida do autor, confirmar a autoria”, diz. “É claro que o Google ajuda”, diz, bem humorado. Embasado na opinião ou manifestação de algum escritor, Oliveira usa as frases como forma de expressar o que está sentindo “ou também dar uma opinião sobre determinado assunto”.
Em meados de 2009 o estudante Patchacamac Moreano, 24, deparou-se com um blog em que a autoria dos textos era atribuída ao dono da página.
“Eram textos mais clássicos, nitidamente não eram da pessoa”, diz Moreano, que começou a publicar os verdadeiros autores do texto em cada postagem.
“Tinha uma mensagem da Cecília Meireles. Eu acho isso chato, até hoje recebo por e-mail textos de autoria desconhecida com assinatura de famosos escritores. Nesses casos, sempre respondo à pessoa que me enviou o e-mail alertando que está errado.” Desmascarado, o blogueiro até chegou a entrar em contato com o estudante pedindo desculpas e, então, deletou a página. “Geralmente as pessoas ignoram”, diz.
Reconhecer falsos créditos na rede, segundo o mestrando Luis Cláudio Ferreira Silva, não exige especialidade no assunto. Estudioso da obra de José Saramago, ele já se deparou com situações semelhantes na internet.
“Um olhar mais atento, mesmo daqueles que não conhecem profundamente a obra de Saramago pode identificar a fraude”, conta. Basta saber o estilo do escritor para evitar postar textos com o nome do autor errado.
“Conhecido como hermético e exaustivo por conta de suas frases longas e páginas e páginas sem sequer abrir um novo parágrafo, Saramago, grande crítico de nossa sociedade, não poderia ter escrito uma frase motivacional ou de auto-ajuda com um estilo quase que telegráfico.”
Quase autor
O texto “Quase” foi atribuído várias vezes a Luis Fernando Verissimo, mas alguns sites apontam para Sarah Westphal com a verdadeira autora. Será?
“(…) Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.”
Fonte: http://www.livrosepessoas.com
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Tomas Tranströmer, prêmio Nobel de Literatura 2011

O Prêmio Nobel de Literatura 2011 foi atribuído ao poeta e tradutor sueco Tomas Tranströmer, anunciou na quinta-feira, dia 6 de outubro de 2011, a Academia sueca, em Estocolmo. O sueco Tomas Tranströmer, 80 anos, autor de “Den stora gatan” (O Grande Enigma, 2004) foi distinguido com o prêmio Nobel da Literatura. O prêmio tem o valor monetário de dez milhões de coroas suecas, cerca de 1,1 milhões de euros. O prêmio Nobel da Literatura 2011 é representante da poesia lírica, que não era premiada pela academia sueca desde 1996, ano em que foi eleita a poetisa polaca Wislawa Szymborska. A Academia sueca anunciou que Tranströmer merceu a honra “porque, através das suas imagens condensadas e translúcidas, dá-nos um acesso fresco à realidade”. Além da sua obra poética, tem-se destacado como tradutor. A cerimônia de entrega dos Prêmios Nobel 2011 realizará-se no próximo dia 10 de dezembro, na capital sueca. Tomas Tranströmer, no entanto, não vai poder falar para agradecer. O poeta sofreu em 1990 um acidente vascular cerebral que o deixou em parte afásico e hemiplégico. Apesar disso, continuou a escrever. Desde então, publicou mais três obras, entre as quais “O Grande Enigma: 45 Haikus”. Confira, abaixo, trechos de dois poemas do novo prêmio Nobel de literatura:
HISTÓRIAS DE MARINHEIROS (1954)
Há dias de inverno sem neve em que o mar é parente
de zonas montanhosas, encolhido sob plumagem cinza,
azul só por um minuto, longas horas com ondas quais pálidos
linces, buscando em vão sustento nas pedras de à beira-mar.
Em dias como estes saem do mar restos de naufrágios em busca
de seus proprietários, sentados no bulício da cidade, e afogadas
tripulações vêm a terra, mais ténues que fumo de cachimbo.
(No Norte andam os verdadeiros linces, com garras afiadas
e olhos sonhadores. No Norte, onde o dia
vive numa mina, de dia e de noite.
Ali, onde o único sobrevivente pode estar
junto ao forno da Aurora Boreal escutando
a música dos mortos de frio).
***
A ÁRVORE E A NUVEM (1962)
Uma árvore anda de aqui para ali sob a chuva,
com pressa, ante nós, derramando-se na cinza.
Leva um recado. Da chuva arranca vida
como um melro ante um jardim de fruta.
Quando a chuva cessa, detém-se a árvore.
Vislumbramo-la direita, quieta em noites claras,
à espera, como nós, do instante
em que flocos de neve floresçam no espaço.
***