quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Eventos em Tomazina homenageiam escritor Newton Sampaio e reúnem autores e artistas do Norte Pioneiro
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Soneto à Festa do Senhor Bom Jesus da Cana Verde
quinta-feira, 25 de julho de 2013
segunda-feira, 22 de julho de 2013
sexta-feira, 8 de março de 2013
Poema em homenagem ao "Dia Internacional da Mulher"
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Areté
Isso, pra quem tá longe da capoeira
Porque pros brazucas de coração
Hoje é o Dia da Cultura Brasileira
Poética homenagem a todos os artistas, folcloristas e agentes culturais, que lutam diariamente pelo bem mais precioso do povo brasileiro: a nossa cultura! Dia 5 de novembro, Dia da Cultura Brasileira!
Areté: Dia festivo, em Tupi
quinta-feira, 8 de março de 2012
Lágrima de mulher
por Eder Ferreira
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
28 de outubro, dia do Servidor Público
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
20 de outubro, Dia do Poeta

Pragmáticas como um caderno de poesias
Jogado num canto qualquer
Pinte seus sonhos em livros
Com tintas invisíveis a olhos nu
E desnude sua compreensão sobre a arte
Redija suas últimas memórias
Em quadros estáticos e tão sangrentos
Pelos males contidos de arrependimentos
Rabisque as paredes de sua casa
No aguardo de um carteiro fantasma
Que nunca irá chegar
Sinta as cores
Sinta as letras
Pinturas e palavras
Aquarelas tão escravas
Desse tempo tão vulgar
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Delírios de uma mente monstruosa - Tributo a Mary Shelley
por Eder Ferreira
As lembranças de seu finado marido povoam sua cabeça todos os dias, a todo momento, mas, durante a noite, se tornam mais recorrentes. São tantas as emoções a fluir que fica até difícil ter alguma inspiração. Sobre a mesa, páginas e mais páginas de uma nova estória que vai nascendo. Mas ela sabe que nenhuma conseguira abater sua mais perfeita criação, seu monstro, seu filho mais aterrorizante e fascinante. Mary Shelley sente dentro de sua alma que, por traz de toda aquela monstruosidade, há algo superior, muito além da roupagem fictícia e macabra. Os pensamentos vão de encontro com os devaneios quando, de repente, ao olhar para fora, através da janela entreaberta, ela vê uma imagem que gelaria o mais valente coração, mas não o dela. É ele, Frankenstein, ou pelo menos sua silhueta, demarcada na noite pela luz da lua. Apesar de saber que pode se tratar apenas de um tronco de arvore retorcido ela se pergunta: seria aquilo a insanidade da velhice chegando, ou seria a sua mais perfeita obra, que fugira de sua imaginação para lhe dar um último adeus e um obrigado? A única coisa que Mary faz é sorrir. E, mais uma vez, ela enxerga seu passado, vislumbrando a mais perfeita de todas as obras: a sua vida.
Sobre Mary Shelley
Nascida no ano de 1797, filha de pai jornalista e mãe feminista, Mary Shelley teve uma educação pouco comum para uma mulher de sua época. Aos dezesseis anos conheceu Percy Bysshe Shelley, que era casado. Iniciaram um romance, que a afastaria do pai. Após a morte da esposa de Percy, eles se casam. Seis anos após o casamento, Percy morre afogado. Seu mais importante livro foi Frankenstein, no qual criticou a responsabilidade da ciência. Escreveu outros romances, mas nenhum de grande destaque. Morreu em 1851, aos cinqüenta e quatro anos.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Três sonetos a três sonetistas
por Eder Ferreira
Tributo I
a Olavo Bilac
No trêmulo rio do tempo incansável
Surge o mestre das letras, o senhor
O parnasiano perfeito, o insuperável
Declarando à poesia todo seu amor
O ouvinte das estrelas e do impossível
Debruçava-se na janela para vivenciar
Toda noite, sua obra intransponível
Que nunca, em seus versos, a de acabar
O poeta erudito, de febril literatura
Amante fiel da sublime conjectura
E das pérolas poéticas que construía
Através dos tempos, e sempre mais
Não a de se apagar, nunca, jamais
O brilho estrelado de sua maestria
Tributo II
a Cruz e Souza
Talvez os violões chorem eternamente
Ou, talvez, enlouqueçam de uma vez
Como a Monja, em sua negra avidez
Pervertida pela Múmia... solenemente
Se o poeta enlouquecer, maldita sorte
Terá que satisfazer seu sonho amável
Para ser, como nos versos, Invulnerável
Cantando, bem alto, a Música da Morte
Na liberdade negra de sua inteligência
Confundida, muitas vezes, com destino
Resta uma dose de talento e opulência
Se a loucura espreitou-lhe no derradeiro
Terá a sorte de no eterno confino
Ser afagado pelo Cristo verdadeiro
a Augusto das Anjos
Assisti, agora, o formidável, o enterro
Não da quimera, mas daquele verme
Aquele, que nos versos, no cerne
Vangloria-se, feroz, no funesto aterro
E, agonizante, o filósofo me contou
Que morcegos não mais lhe incomodam
Só voam, voam... giram, giram e rodam
E, que apenas um (o do tempo) lhe atacou...
Mas, mesmo que seja velha a sua obra
Algum verso perdido, sei que sobra
No caos, nos descontroles e desarranjos
Seu lirismo necrófilo ninguém esqueceu
Apenas, talvez, alguém não o entendeu
Pois a de enlouquecer até mesmo os anjos