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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Eventos em Tomazina homenageiam escritor Newton Sampaio e reúnem autores e artistas do Norte Pioneiro

por Eder Ferreira


     A literatura nunca foi tão valorizada no Norte Pioneiro do Paraná como nos dias 10 e 11 de setembro de 2013. A cidade de Tomazina foi o palco de uma serie de eventos em homenagem ao escritor tomasinense Newton Sampaio, falecido já a 75 anos, mas que marcou seu nome na história literária paranaense. Pude participar dos eventos do dia 11, que contou com um chá literário, realizado no Hotel Fazenda, onde escritores do Norte Pioneiro puderam se reunir, se conhecer, trocar experiências e divulgarem seus trabalhos. O chá ainda contou um uma bela apresentação de um grupo teatral de Jaboti. Em seguida, no Centro Cultural que leva o nome do escritor homenageado, foi feito o lançamento das obras que comemoram o nascimento de Newton Sampaio. Estavam, além de escritores convidados, o irmão do escritor, Senhor Pedro Sampaio, e o Dr. Soares, um dos grandes responsáveis por esse maravilhoso acontecimento. E não poderia finalizar sem mencionar e agradecer meu amigo Leandro Muniz, que tanto fez para que pudéssemos estar em Tomazina nessa data. Confira algumas fotos dos eventos:










sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Soneto à Festa do Senhor Bom Jesus da Cana Verde


por Eder Ferreira

Nesses dias de inverno, de intenso frio
Onde as flores já não mais florescem
Fervorosas bênçãos do céu descem
Trazendo seu amor, sua luz, seu brio

É ele que vem, com seu rubro manto
Na face, as dores, que cercam o mundo
Em seu olhar, pode se ver ao fundo
Toda paz que consola nossos prantos

Por isso, nem que caia uma tempestade
Sem falsas desculpas ou solenidades
Precisamos entender o que diz seu rosto

Peçamos cada dia mais ao Bom Jesus
Que mostre sua face banhada em luz
E abençoe nossa amada Festa de Agosto

Poema em homenagem à Festa do Senhor Bom Jesus da Cana Verde, que acontece entre os dias 2 e 6 de agosto de 2013, na cidade de Siqueira Campos, Paraná

sexta-feira, 8 de março de 2013

Poema em homenagem ao "Dia Internacional da Mulher"


Alma Feminina

por Eder Ferreira


Em todo corpo de escultural beleza
Em toda curva suave que se delineia
Reside a essência de breve leveza
Vê-se o fado de uma mitológica sereia

Presa entre os laços carnais súbitos 
Está a alma que um dia foi perfeição
Mas que agora se divide entre os júbilos
E esta terráquea e enfadonha missão

Neste veio que se faz mulher, tão frágil
Um dia já houve uma plenitude ágil
No paraíso se fez um anjo magistral

Porém, hoje, pelo vil e original pecado
A alma feminina perdeu seu dom alado
Ficando condenada à falha lei natural

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Areté

por Eder Ferreira 
 
5 de novembro, data sem emoção
Isso, pra quem tá longe da capoeira
Porque pros brazucas de coração
Hoje é o Dia da Cultura Brasileira

Poética homenagem a todos os artistas, folcloristas e agentes culturais, que lutam diariamente pelo bem mais precioso do povo brasileiro: a nossa cultura! Dia 5 de novembro, Dia da Cultura Brasileira!

Areté: Dia festivo, em Tupi

quinta-feira, 8 de março de 2012

Lágrima de mulher



por Eder Ferreira


Existem muitas lágrimas
Desabando pelo ar corrente
Algumas são tão gélidas
Já outras, tão quentes
Lágrimas que se consomem
E somem ao relento
Em cada pranto ousado
Em cada novo lamento
Há muitas formas de chorar
E muitos modos de sofrer
Mas só um jeito de amar
E nenhum de esquecer
Existem tantas coisas belas
Do que já se foi e do que vier
Mas não há nada mais belo
Que a lágrima de uma mulher


Homenagem a todas às mães, filhas, meninas, senhoras, enfim, a todas às mulheres. Que Deus as abençõem sempre!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

28 de outubro, dia do Servidor Público


Parabéns a todos os servidores públicos do Brasil, por não medirem esforços para que esse pais, e todos os seus estados e municípios, continuem progredindo cada vez mais!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

20 de outubro, Dia do Poeta



Pablo vs. Pablo

por Eder Ferreira

Expresse suas palavras em telas
Pragmáticas como um caderno de poesias
Jogado num canto qualquer

Pinte seus sonhos em livros
Com tintas invisíveis a olhos nu
E desnude sua compreensão sobre a arte

Redija suas últimas memórias
Em quadros estáticos e tão sangrentos
Pelos males contidos de arrependimentos

Rabisque as paredes de sua casa
No aguardo de um carteiro fantasma
Que nunca irá chegar

Sinta as cores
Sinta as letras
Pinturas e palavras
Aquarelas tão escravas
Desse tempo tão vulgar


Poema em homenagem a todos os homens e mulheres que se aventuram nos desvairados caminhos da poesia. Parabéns a todos os poetas e a todos os entusiastas da poesia.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Delírios de uma mente monstruosa - Tributo a Mary Shelley


por Eder Ferreira

As lembranças de seu finado marido povoam sua cabeça todos os dias, a todo momento, mas, durante a noite, se tornam mais recorrentes. São tantas as emoções a fluir que fica até difícil ter alguma inspiração. Sobre a mesa, páginas e mais páginas de uma nova estória que vai nascendo. Mas ela sabe que nenhuma conseguira abater sua mais perfeita criação, seu monstro, seu filho mais aterrorizante e fascinante. Mary Shelley sente dentro de sua alma que, por traz de toda aquela monstruosidade, há algo superior, muito além da roupagem fictícia e macabra. Os pensamentos vão de encontro com os devaneios quando, de repente, ao olhar para fora, através da janela entreaberta, ela vê uma imagem que gelaria o mais valente coração, mas não o dela. É ele, Frankenstein, ou pelo menos sua silhueta, demarcada na noite pela luz da lua. Apesar de saber que pode se tratar apenas de um tronco de arvore retorcido ela se pergunta: seria aquilo a insanidade da velhice chegando, ou seria a sua mais perfeita obra, que fugira de sua imaginação para lhe dar um último adeus e um obrigado? A única coisa que Mary faz é sorrir. E, mais uma vez, ela enxerga seu passado, vislumbrando a mais perfeita de todas as obras: a sua vida.


Sobre Mary Shelley

Nascida no ano de 1797, filha de pai jornalista e mãe feminista, Mary Shelley teve uma educação pouco comum para uma mulher de sua época. Aos dezesseis anos conheceu Percy Bysshe Shelley, que era casado. Iniciaram um romance, que a afastaria do pai. Após a morte da esposa de Percy, eles se casam. Seis anos após o casamento, Percy morre afogado. Seu mais importante livro foi Frankenstein, no qual criticou a responsabilidade da ciência. Escreveu outros romances, mas nenhum de grande destaque. Morreu em 1851, aos cinqüenta e quatro anos.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Três sonetos a três sonetistas



por Eder Ferreira


Tributo I

a Olavo Bilac


No trêmulo rio do tempo incansável

Surge o mestre das letras, o senhor

O parnasiano perfeito, o insuperável

Declarando à poesia todo seu amor


O ouvinte das estrelas e do impossível

Debruçava-se na janela para vivenciar

Toda noite, sua obra intransponível

Que nunca, em seus versos, a de acabar


O poeta erudito, de febril literatura

Amante fiel da sublime conjectura

E das pérolas poéticas que construía


Através dos tempos, e sempre mais

Não a de se apagar, nunca, jamais

O brilho estrelado de sua maestria



Tributo II

a Cruz e Souza


Talvez os violões chorem eternamente

Ou, talvez, enlouqueçam de uma vez

Como a Monja, em sua negra avidez

Pervertida pela Múmia... solenemente


Se o poeta enlouquecer, maldita sorte

Terá que satisfazer seu sonho amável

Para ser, como nos versos, Invulnerável

Cantando, bem alto, a Música da Morte


Na liberdade negra de sua inteligência

Confundida, muitas vezes, com destino

Resta uma dose de talento e opulência


Se a loucura espreitou-lhe no derradeiro

Terá a sorte de no eterno confino

Ser afagado pelo Cristo verdadeiro




Tributo III

a Augusto das Anjos


Assisti, agora, o formidável, o enterro

Não da quimera, mas daquele verme

Aquele, que nos versos, no cerne

Vangloria-se, feroz, no funesto aterro


E, agonizante, o filósofo me contou

Que morcegos não mais lhe incomodam

Só voam, voam... giram, giram e rodam

E, que apenas um (o do tempo) lhe atacou...


Mas, mesmo que seja velha a sua obra

Algum verso perdido, sei que sobra

No caos, nos descontroles e desarranjos


Seu lirismo necrófilo ninguém esqueceu

Apenas, talvez, alguém não o entendeu

Pois a de enlouquecer até mesmo os anjos