sábado, 11 de agosto de 2012

Bobo da corte


por Eder Ferreira


Não sei se sou gênio
Se sou tolo, se sou bobo
Não sei se um dia
Nos veremos
Não sei se faremos
A vida valer a pena
Valer o que vale
O ouro entregue errado
A medalha nunca ganha
Não sei se mereço
Teu riso, tua lágrima
Teu merecimento
Não sei se desapareço
Se fico, se lamento
Pelas idas sem volta
Pelas voltas vividas
Não sei se ontem foi hoje
Não sei se o amanhã virá
Não sei se o tempo ruiu
Ou mesmo se existiu
Não sei se rio agora
Ou mais tarde
Não sei nada
Não sou gênio
Sou, sim, bobo
De uma corte
Em decadência
De uma vida
Que nunca terá graça
Sem você aqui

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