Por Eder Ferreira e Eliana Rigo Acosta Ferreira
Em uma
entrevista do ator norte-americano Morgan Freeman, quando perguntado sobre o
que ele achava do mês da “consciência negra”, sua resposta foi rápida e
certeira: “Ridículo”, foi o que ele disse. Seu argumento foi de que não existe
um mês da consciência branca ou da consciência judaica, por exemplo, e que a
melhor maneira de acabar com o racismo é simplesmente parando de falar nele.
Nesse sentido
exposto por Morgan Freeman, podemos analisar a questão dos afrodescendentes sob
um ponto de vista não voltado para o racismo, mas sim para suas contribuições
para com a sociedade contemporânea. Temos, como um forte exemplo, o presidente
dos Estados Unidos Barack Obama, que acaba de ser reeleito. Apesar de algumas
criticas de seus opositores, o balanço geral de seu governo frente à maior
nação do mundo é positiva. A própria presidente Dilma afirmou que torcia para
que ele continuasse na Casa Branca por mais 4 anos.E por falar no Brasil, temos
o Ministro do STJ Joaquim Barbosa, que ficou famoso como relator do julgamento
dos envolvidos no caso Mensalão, sendo apontado por muitos como um árduo
defensor da justiça no país.
Porém, há
tempos que vemos exemplos de como os afro-descendentes influenciam positivamente nossa sociedade atual. Nas
artes, muitos são os artistas que nos prestigiam com seus talentos (como o
próprio ator Morgan Freeman, citado no inicio desse texto). A música mesmo é cheia
de exemplos da cultura afro-ocidental. O astro do rock Elvis Presley, por
exemplo, fez sucesso misturando vários ritmos da música afro-americana
norte-americana de sua época.
Nos esportes,
vários outros exemplos nos mostram o quando os afro-descendentes são
talentosos. Pelé é até hoje reverenciado como o maior atleta do século XX. O
jamaicano Usain Bolt tem se consagrado como o homem mais rápido do mundo,
quebrando todos os recordes do atletismo. Porém, o caso mais emblemático
ocorreu nos Jogos Olímpicos, que aconteceu em Berlin, no ano 1936, sob os
olhares do líder nazista Adolf Hitler, que anos mais tarde iniciaria a Segunda
Guerra Mundial, e que pretendia usar os jogos como forma de mostrar a
superioridade da raça ariana. Para a surpresa do fürer, o grande destaque nas
provas de atletismo foi o negro norte-americano Jesse Owens, ao ganhar 4
medalhas de ouro.
Desde que
conquistaram seus direitos, os negros vem lutando para acabar de uma vez com
qualquer forma de racismo que ainda possa existir. Mas, como disse Morgan
Freeman, muitas vezes, para acabar com alguma coisa, é melhor fingir que ela
não existe. Sem nos esquecermos, claro, de tudo o que de ruim já aconteceu.
Pois, como diz o ditado, “um povo que não conhece sua história está fadado a
repeti - lá”, seja para o bem, ou para o mal.
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