Há exatos 191 anos, um príncipe metido e mulherengo andava às turras com seu pai, o então rei
de Portugal. Depois de muito pensar em como afrontar seu velho, ele resolveu
fazer o que nenhum rei no mundo desejaria a seu pior inimigo: declarou a
independência de sua maior e mais produtiva colônia.
É claro que
essa alegoria não reflete o que de fato aconteceu no ano 1822, quando o Brasil
passou a ser um país independente do julgo português, mas serve para lembrar
que, apesar da importância história dos fatos, nossa nação tupiniquim só conseguiu
se libertar de Portugal por causa dos caprichos de um príncipe.
Bem diferente,
alias, de outra história, ocorrida no ano de 1776, ao norte do continente
americano, onde, no dia 4 de julho desse ano, nascia os Estados Unidos da
América. Maior potência política e militar do mundo moderno, os EUA
conquistaram sua independência da Coroa Britânica por meio de uma série de
conflitos entre a população local e os ingleses.
Vale ressaltar
que no caso brasileiro também houve batalhas, e que no estadunidense (porque
americanos são todos que nasceram no continente da América), algumas
personalidades foram decisivas, como Thomas Jefferson, por exemplo. Mas, é fato
que o povo brasileiro não penou tanto para conquistar sua independência, e isso
refletiu, e ainda reflete, no patriotismo brazuca (se é que ele existe!). Já
nos estadunidenses, é notório o amor demonstrado por sua nação, principalmente
no feriado de 4 de julho.
É possível
sentir que, no Brasil, as coisas diferem bastante. Não há aqui o mesmo fervor
que na terra do Tio Sam. É mais fácil ver brasileiros sentirem orgulho por suas
cidades e estados natais do que por seu país. Até times de futebol inspiram
mais paixões do que o patriotismo.
E, falando
nisso, ai vai uma sugestão para os cartolas do futebol: que tão mudar a rodada
final do campeonato brasileiro para o dia 7 de setembro? Pode ser que algum
estrangeiro veja a festa e pense que é por causa do dia da independência. É
como diz aquele velho ditado: “para inglês ver”. Ou seria “para estadunidense
ver”?
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