por Eder Ferreira
Olhe para mim, e me diga o que vê
Um séquito de mesquinharia
Um ninho de aves mortas
Um ser consumido pela vida
Uma vida que se consumiu sem querer
Olhe para si, e se veja
Em meu lugar, com meus erros
Com minha alma desgastada
Pelo tempo que se perdeu em vão
Pela vida que se tornou ação
Na estática percepção do que é certo e errado
Olhe para nós, e me diga
Quanto tempo mais falta
Para que percebamos o que nos mata
O que nos consome
O que nos separa
Olhe para o vazio
E finja ser um desvario
Finja que nada aconteceu
Finja que você está aqui
Que eu estou ai
Que essa é apenas mais uma vida
Nos separando da felicidade
Nos desviando da plenitude
Nos fazendo mais uma vez bonecos de cera
Parados, inertes, sós
Enquanto o resto do mundo finge estar em movimento
Tudo acontece porque tem que acontecer, porém só existem coias boas se nós construirmos...
ResponderExcluirMagnífico Eder.. Como sempre está lindo, é maravilhoso te ler!!!
Abraços, Mariane.