por Eder Ferreira
Escorrendo solto
pelo canto da boca
outrora sorridente
agora, tão ardente
Envolvendo, enlaçando
Entrelace de linhas
Peçonhas tão finas
no laço venenoso
que toca a pele
O espaço poroso
entre a carne
e o ar rancoroso
se faz perigoso
se faz meio ausente
Cobra criada
armada, até os dentes
que mordem os lábios
e roem as vísceras
expostas pelo acido
Plácido veneno
que agora te dou
neste beijo sereno
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