quinta-feira, 12 de abril de 2012

Veneno



por Eder Ferreira

Escorrendo solto

pelo canto da boca

outrora sorridente

agora, tão ardente

Envolvendo, enlaçando

Entrelace de linhas

Peçonhas tão finas

no laço venenoso

que toca a pele

O espaço poroso

entre a carne

e o ar rancoroso

se faz perigoso

se faz meio ausente

Cobra criada

armada, até os dentes

que mordem os lábios

e roem as vísceras

expostas pelo acido

Plácido veneno

que agora te dou

neste beijo sereno

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