quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Um rosto na multidão

por Eder Ferreira


Tenho a face da vida

Tenho fases da morte

Em momentos ambíguos

Fragmentos de sorte


Tenho a face do riso

Tenho fases de agonia

Em momentos longínquos

Pedaços de monotonia


Tenho a face do mal

Tenho fases do bem

Em momentos antigos

Estilhaços do além


Tenho a face do medo

Tenho fases corajosas

Em momentos retidos

Frações perigosas


Tenho fases atadas

Tenho a face perdida

Tenho fases erradas

Tenho a face da vida

4 comentários:

  1. e quantas faces ainda temos que mostrar nessas longas fases da vida...

    adorei o texto querido.

    Bjin.

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  2. A unicidade do homem sensível diante do caudaloso mar humano e seus enigmas. Belo poema. Demonstra sua maturação poética no reflexivo sentir.
    Na mesma sintonia, deixo um "poeminha" em diálogo com o teu Um rosto na multidão.
    Abraço e sucesso na jornada literária.

    Ambíguo

    Um pouco de mim
    é espelho,
    múltiplas faces do mundo;
    outro tanto,
    eu mesmo
    no contraste das fases
    ao avesso.

    Rogério Germani

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  3. Obrigado querido amigo, por suas belas palavras e por teu lindo poema. Um grande abraço!

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