Uma última gota de amor
por Eder Ferreira
Meu sangue ficou preso
Numa gota singular
Que não cai
Que não vibra
Apenas fita a existência
Um pedaço de fluido
Que não flui mais
Em um espinho solitário
Que aponta ao infinito
Meu sangue é negro
Como a escuridão na noite
E vermelho rubro
Como a paixão que me corroi
Mas não tem brilho como a flor
Que ostenta o espinho
Por não mais fazer meu coração
Pulsar por um ser amado
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